sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

carbono

de puro carbono mascerado
temperado com ferro vívido
e líquido:
meu coração é porta de vulcão.
corredores plastificados
de silício,
caras mascaradas,
de eternos vicios.

Vicio de solidão milenar
lá fora é só silêncio,
ruído do tempo levando as folhas.

Ele nunca sai da jaula,
3 ou quatro centímetros de concreto bruto
e armado.
Amado ou não
meu coração é solidão.

Não por gosto,  mas gosta
nem por maldade,
mas trama,
um grande maçarico em chama
romper a vermelha lama...
e ver o sol, só o sol,
desde de seus primeiros raios
na grande bacia do mar
até seu falso sono!

Então o que dirá do soliêncio lá de fora...
enquanto crescem as flores
e brotam os rios
dos olhos de quem chora.

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