quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
cotidiano - amor, sempre amor
Amor imperfeito:
Um punhal torto
cravejado no peito.
Amor covarde no combate:
perfume tóxico,
droga que alucina e abate.
Fumaça que anéstico!
de dor que não tem cura.
Amor:
jura de pessoas
vis e pequenas
de bonança extrema e terrena
de fúria das divindades
negras e supremas.
Amor de lama às chamas
que inflama e derrama
mel cristalino da vida,
amor que procura e possui
a coisa amada,
devora e dilui
o ser apaixonado.
amor covarde
que do amor desiste
porque o outro com alarde,
ao amor, resiste.
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