segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Doutorania
Se eu pudesse
cortava os teus cabelos sansão
este teu falso facho de pelos
caidos pelos ombros me assombra.
Feliz me sinto no entanto,
ao vê-lo vaidoso no espelho,
a contar os fiozinhos brancos
Todas as tuas coisas estão na estante,
num pote suavemente fechado,
lacrado com uma bonita tampa!
Tuas coisas não fervem
extravazam nem derramam
são pedras, são regras,
sem fruto e sem rama.
e quando se um dia o pode quebra,
há quem jura há quem nega,
a tua presença em flama!
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