Estou sempre pronta para ver a lua.
A janela sempre aberta,
de frente para o mar,
ainda que hoje especialmente, não haja mar.
Estou sempre pronta para Antares,
uma velha estrela de muitas garras celeste
ainda que hoje, com a lua clara,
a brilhante estrela palidamente se veste.
Estou sempre pronta para cruzar a fronteira,
o rio do tempo, o rio da vida,
ainda que hoje não haja mais porteiras
nem gramados verdes ou ressequidos.
O que quero dizer, digo, tenho dito...
a vida é docinho feito pirulito...
o gosto talvez seja indiferente:
mas é fundamental o seu colorido.
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