Minha alma está tão vazia:
deixei-lhe apenas um largo rio a banhar-lhe as terras...
sou margem úmida e fria
rente as suas esferas.
Deixei-lhe o vento,
a espalhar a semente do bem me quer.
Minha alma está vazia demais,
depois do outono, vieram as águas,
levaram as mágoas...e nada mais...
depois do inverno, veio o vento,
soprou longe todo tormento...
depois a primavera,
a estação sincera da vida
a terra encharcada e permitida
para o dom da criação.
minha alma está tão vazia...
lhe permito apenas o dom,
do amor...
da minha criatura pelo meu criador.
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