quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

voo

Se o tempo é curto
o assunto é grave,
é quase um vulto,
o vão e a trave!

Vou lento...
lento quase paro
farol mais raro
que meu faro!

se lento o tempo voa
voo atoa alem do ramo
a semente cai e povoa
o clarão da lama.

Vou lento em curva
a vista turva...
esconde a trama
voo lento... reclama!

Chego qualquer parte
a porta  leve abre...
qualquer arte...
sempre sabem.


Estou verbo estar!
presente que indica
que sou a viajar
a viagem que não se explica.

e no caminho outros verbos
se conjugam em ação
atraem grandes adverbios,
nascidos do coração.

Parto sem hora marcada
a viagem eterna sempre sonhada,
o céu as estrelas a lua
das noites iluminadas.

meus atributos comigo levo,
leve são,
tanto no céu
quanto no chão!

A vida atributo do coração,
palpita pepita cintila, fervilha
aquela sábia ervilha
descritas nas linhas da mão.

Sim voo livre, vou livre
passo a passo por passo
sem embaraço
nos pés mãos e braços.

Amanhã contarei outras histórias,
desatarei outros nós
coisas que nunca terminam:
pelas nebulosas dos pós!

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